Abriu a bala devagar enquanto a professora cuspia uma centena de explicações a respeito do exercício anterior. A menina trouxera cinco de banana e 1 de morango porque este último era o seu sabor preferido. A superfície branca da cadeira denunciava o papel que ela acabara de jogar na carteira da frente, que estava vazia porque o dono tinha ido tomar água. Sem levantar suspeitas, a menina pegou o papel e colocou dentro da mochila de um aluno qualquer. A professora, de costas, não era cúmplice de ninguém.
(...)
- Filho, como foi a escola hoje? Ponha suas coisas na mesa e vá lavar as mãos pra almoçar.
- Está bem, mamãe.
Ela começou a mexer, como sempre fazia, procurando algo que pudesse desmascará-lo. Pela primeira vez ela descobriu 2 papéis de bala, de sabor banana e de sabor morango na mochila do filho. Ela tinha dado uma chance a ele , mas ele tinha desperdiçado. Agora ela esperava ele voltar do banheiro. A medida que os passos estavam mais perto, o pulso e o coração da mãe doíam. Levantou a mão de supetão e deu três ou quatro facadas profundas até sentir o sangue diabético do pecado que parira 15 anos atrás escorrer pelas suas mãos.
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6 comentários:
nosssa, tava ficando nervoso conforme ia chegando perto do final. ainda bem que não era nada demais. rsss
Chocking!!
Surpreendente! Desanestesiante!Forte como insulina! Mais dolorido que bezentacil!
Beijos!!
REMO.
Manchete de jornal do Rio de Janeiro do dia seguinte:
Balas perdidas matam mais um adolescente na cidade maravilhosa.
Triste :(.
bom! muito bom!
QUe isso?Histórias evangélicas?
Gostei...gostei...
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