25 de mar. de 2007

Beatriz

Aos dezesseis anos meu maior sonho era dar pro Murilo da rua debaixo. Tava na festa a galera toda, ele lá no canto, com gel no cabelo, vestindo calça jeans M.OFFICER e uma camiseta Puma que eu tinha visto estampada num manequim no dia anterior por 109 reais. As duas mãos ocupadas. Um cigarro na direita, uma puta na esquerda. Quase não parou de fumar durante todos os cinco minutos que ficou com a vadia. Não digo vadia por ciúmes não, mas é que conheço a Ana Laura tempo bastante pra dizer que é vadia.
Nos conhecemos quando ela se mudou pra rua há exatamente 3 anos atrás. Lembro até hoje do seu cabelo preso, da calça jeans rasgada e da camiseta de Porto Seguro, daquelas que a gente compra pra exibir pros outros que já fomos pra algum lugar. Não era feia não, mas era gorda. Gorda pra caralho. Ela tinha um jeito acanhado, meio caipira, mas eu gostei dela. Todo mundo dizia que éramos melhores amigas mas eu nunca soube que a Aninha era complexada com os kg's a mais, e que ela tinha tentado se matar por causa disso. Mas tudo bem, ela também não sabia que eu tinha beijado sem querer o menino que ela gostava na época.
Acontece que ela tinha emagrecido muito, quase 20kg. Ficou bonita pra caralho, saiu pegando geral. E agora tava lá pegando o Murilo. Eu não tava nem aí, já tinha marcado de ir embora com ele e ia dar de qualquer jeito. Enquanto isso, peguei umas duas caipirinhas e fiquei conversando com a Bruninha , ela me contando o que tinha feito com o namorado na noite anterior. Deu uns cinco minutos, Murilo apagou o cigarro, deu uma desculpa qualquer, e me chamou pra ir embora.
A gente foi pra casa dele porque os pais estavam viajando, então era sussegado. Pegou um maço de Marlboro e meteu um cigarro na boca, acendendo quase que automaticamente. Perguntou se eu queria alguma coisa mas eu não queria nada. Queria era dar logo pra ele. Estava eufórica, comecei a tirar a roupa, ele tirou a dele, fomos pra cama e NADA. O treco não subia nem se eu fizesse macumba. Perguntei que merda era aquela e ele ficou todo assustado. Não sabia explicar o motivo, que nunca tinha acontecido com nenhuma outra menina. Pus a roupa e fui pra casa sozinha, sem despedir.Mal saí da casa dele e o Murilo já tava dando toquinho no meu celular. Nem atendi, de certa ele queria certificar de que eu não contaria pra ninguém, mas ele não precisava preocupar com isso. Distraída, atravessei a rua e fui atropelada por um motoboy. Morri na hora.

10 comentários:

Anônimo disse...

E eu APOSTO que se não fosse o heróico motoboy a cretininha aí iria fofocar geral sobre os problemas gravitacionais do rapaz.

Anônimo disse...

gostei.
beijo

Illan disse...

Nao deu outra, liguei pro 193.

Anônimo disse...

santo motoboy

Don Rodrigone disse...

vc morreu na hora? cada coisa que essa Marina faz pra não sair pra beber com os amigos de Sampa...

Anônimo disse...

Ela te ama? Não! O que que ela é?
puta, é puta!

Anônimo disse...

Picante esse seu blog, hein. Gostei e aproveito para responder a visita sobre o curso de mandarim.

Suee disse...

aodrei o textinho.Se prodiuziu,fez tanat confusao pra dá em anda huahauhauhau

Anônimo disse...

Não se atualiza mais essa merda não?

Puta que pariu!

Anônimo disse...

. . E é por essas putinhas distraídas que nem conseguem fazer o pegador as comer que os coitados dos motociclistas são tão discriminados, veja só você.
. . Vão dizer que o motoboy saiu "a milhão", não deu seta na hora de dobrar a esquina, arrancou três retrovisores e ainda estava trafegando na expressa da marginal com uma placa terminada em "2" em plena segunda-feira.
. . Esse mundo está perdido.