17 de set. de 2006

Anseios de uma alma feminina II

Demorei um pouco para perceber que era Domingo, e quase estava me preparando para voltar a dormir, quando olhei em volta e percebi que não estava em casa. Esse lugar não me era estranho, mas fazia tanto tempo que eu tinha vindo aqui que demorei pra reconhecer. E então, para minha infelicidade, constatei que era mesmo o apartamento do Thiago – porque ele estava deitado do meu lado.
Sem camisa. Assim como eu. Merda. Nem a dor de cabeça superava a ressaca moral que começava a aparecer. Sair de fininho sem deixar bilhete pra se vingar? Grande coisa, já tinha ido pra cama com ele mesmo. Não acredito. Não acredito que dormi com ele e o pior, nem me lembrar como foi! Embora soubesse que deve ter sido ótimo porque modéstia a parte nosso sexo era muito bom. Transamos pela primeira vez com uma semana de rolo nessa mesma cama que eu estou deitada agora. Tinha sido maravilhoso. Todas as 4 vezes.
Foi então que eu me dei conta de quantas mulheres teriam deitado nessa cama. Quantas vezes ele teria transado com cada uma? Dá raiva só de pensar. E então aquela cena, a mesma que insistia em me perseguir quando eu me trancava no meu quarto (e chorava escondida no escuro): ele atracado com a morena na festa enquanto eu estava no banheiro e, até então, tudo estava perfeito. Embora meu cabelo estivesse um lixo, e naquela semana a minha coluna tivesse sido um fracasso, estar com o Thi me bastava. E eu estava feliz como não estava há muito tempo por causa de alguém. Até vê-lo com a desgraçada.
Levantei da cama pra procurar o resto da minha roupa (só estava de calcinha e sutiã!) e depois fui lavar o rosto. Adoro o banheiro do Thiago, parece dois em um. Tem duas pias, dois espelhos, um vaso, um bidê, um chuveiro e uma banheira de hidromassagem. Esta última, sem utilidade nenhuma, porque é onde mora o Oliver. Não, Oliver não é nenhum colega de apartamento , mas sim seu bicho de estimação preferido, uma lagosta manca (não poderia ser mais viril).
“Não é uma lagosta, é O lagosta. Macho. Que nem eu” – disse, quando perguntei porque ele abrigava aquele ser esquisito na banheira. Não quis entrar em detalhes de como ele sabia que era “O” lagosta e não “A” lagosta e me contentei em tomar banho de chuveiro e não demorar muito no banho porque “o Oliver tinha sono leve”.

[De um livro que eu gastei 5 horas pra escrever 7 capítulos em um só dia e nunca mais mexi. Sim, quero terminar de escrevê-lo e não, não é auto-biográfico ;D ]

7 comentários:

Anônimo disse...

ai ai ai, eu sempre me assusto antes de chegar na observação do final. rsss
muito legal. bjos

Anônimo disse...

Como não é auto-biográfico??

Anônimo disse...

Éééé! Como não?

Anônimo disse...

eee laia... qdo sai esse livro hein???

Anônimo disse...

Aiiii que legal!!!

eu quero leerrr!
vai ser divertido

=D

Rodrigo Huagha disse...

deja vu...

Anônimo disse...

Muito legal mesmo! Coloca mais pedaços do livro =D